segunda-feira, 19 de maio de 2014

O consumo do peixe PANGA

Este assunto já foi abordado aqui mas em virtude de novas especulações nas redes sociais resolvi abordar o assunto novamente. Após avaliação da PROTESTE, a espécie de peixe que causou polêmica na internet é recomendada como uma opção de qualidade para compor as refeições. Nos últimos meses circularam na internet inúmeros boatos, por e-mails e nas redes sociais, afirmando que o peixe Panga, por ser cultivado em rios do Vietnã, estaria contaminado com elevados níveis de resíduos ou contaminantes, metais pesados e bactérias. Para investigar se realmente existiam problemas de higiene e se a espécie é imprópria para consumo, a PROTESTE testou diferentes marcas deste peixe comercializado no Brasil. Em outubro de 2012, as amostras adquiridas pela PROTESTE em supermercados do Rio de Janeiro e de São Paulo foram das marcas: Buona Pesca, Costa Sul e Leardini. Após a realização das análises microbiológicas não foram encontrados problemas de higiene e de contaminantes químicos que comprometessem a qualidade e a segurança do produto. Desta forma, todas as amostras foram consideradas de boa qualidade e seu consumo deve ser incentivado como fonte de proteína. No Brasil o controle e fiscalização dos pescados é responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que também investigou a procedência do peixe Panga na última missão sanitária realizada no Vietnã, em 2009. A visita verificou se o sistema de inspeção pode ser considerado equivalente ao brasileiro e se o cultivo está atento ao controle laboratorial de resíduos e contaminantes. As amostras coletadas pelo Ministério e analisadas nos laboratórios oficiais apresentaram resultados conformes com as normas brasileiras e não houve motivos para suspender as importações do produto por razões sanitárias. A espécie é exportada para países de todo mundo e recebe frequentemente missões das autoridades sanitárias desses mercados importadores com seus respectivos sistemas de inspeção. O peixe Panga ou Gato, nomes comuns dados à espécie Pangasius, é produzido em aquicultura e vendido em filés frescos ou congelados. O preço por quilo das amostras testadas no Brasil varia entre 12,48 e 8,69 reais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o brasileiro consome, por ano, cerca de 7kg de peixe, sendo que a recomendação é de 12kg. Esse cenário pode ser atribuído, entre outros fatores, ao custo elevado do pescado no Brasil. Nesse contexto, iniciou-se, em 2009, a importação do peixe Panga, uma opção de excelente custo-benefício (25% mais barato que outras espécies, como a Merluza) ao consumidor, que ocasionou a forte aceitação do produto no mercado. Porém, o Panga começou a sofrer retaliações e a ser alvo de falsas atribuições com relação à sua origem, principalmente na internet, o que vem dificultando a sua consolidação no Brasil. O Panga é cultivado há mais de mil anos no Rio Mekong, no Vietnã, um dos maiores rios do mundo, localizado no sudeste asiático. Há muitos anos, é exportado para diversas nações, entre elas os Estados Unidos, todos os países da Comunidade Européia, Japão, Rússia, Austrália, entre outros. Só este fato bastaria para atestar sua qualidade e segurança para o consumidor. Ainda assim, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil realizou uma série de análises nesta espécie, com o objetivo de confirmar a alta qualidade do produto, que foi aprovado sem restrições. O Panga tem as características que o consumidor brasileiro sempre desejou em um peixe: tem textura firme, cor branca, sabor suave e sem espinhas. É muito versátil, permite vários tipos de preparos (grelhado, frito, assado e ensopado) e possui um ótimo custo-benefício, por conta das técnicas avançadas de criação e processamento utilizadas pelo Vietnã. Além disso, destaca-se a praticidade do peixe congelado, comercializado limpo e em filés. Fonte: proteste/ANVISA

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