sábado, 3 de outubro de 2015

Especialista em alimentos dá dicas para grávidas vegetarianas

Descubra como a dieta sem carnes influencia na gestação A opção de tornar-se vegetariano ou vegano exige uma série de modificações no cardápio e em aspectos cotidianos da vida. Muitas mulheres, que abdicaram do consumo da carne e/ou de produtos de origem animal, costumam ter dúvidas se durante a gestação, faltará algum nutriente importante para o bebê. Cristina Ferreira, gerente industrial da Superbom, empresa alimentícia especializada em produtos saudáveis, aponta que existem vários estudos técnicos com as vegetarianas estritas que concluem que a dieta vegetariana não prejudica o desenvolvimento normal da criança, mas é necessário um acompanhamento médico e nutricional para passar as orientações necessárias. “As pessoas pouco discutem os benefícios da dieta vegetariana, como maior consumo de fibras, menos gordura saturada e colesterol ruim, além de que o cardápio sem carne animal protege as mulheres contra os hormônios e toxinas presentes no peixe, frango, na carne vermelha e nos laticínios”, explica a gerente industrial. Segundo Cristina, outra vantagem é que as folhas verdes são fontes naturais de ácido fólico (vitamina B9), essencial no primeiro trimestre de gravidez, porque reduz em 50% a incidência de má formação do tubo neural do bebê. “Isso não exclui a necessidade de suplementação, já que é recomendada para todas as mulheres”, complementa a gerente industrial. “Outro ponto importante é a ingestão de nutrientes encontrados principalmente nas carnes. Nesse caso, é indicado ingerir suplementos alimentares para prover a vitamina B12 necessária, substância responsável pelo desenvolvimento do sistema neurológico e sanguíneo da criança”, destaca Cristina. O ferro é outro elemento necessário durante a gestação. “A gestante deve consumir diariamente de alimentos ricos em ferro, como feijão, grão de bico e frutas secas”, exceto para mulheres que tem excesso de ferro no organismo, recomenda. De acordo com Cristina, a suplementação do cálcio também é essencial, porque as grávidas precisam do dobro da quantidade de uma mulher normal (aproximadamente 1500mg/dia) durante o período gestacional. “Mesmo que o cálcio seja encontrado nas verduras, o ideal é ingerir um suplemento, obviamente com acompanhamento médico. A necessidade de suplementação pode ser identificada a partir de exames clínicos de dosagem de minerais, que ajudarão a definir os tipos de alimentos que devem compor a dieta para equilibrar o organismo. A gestante também pode incluir os produtos à base de soja, como a salsicha, bife e o hambúrguer enlatado da Superbom , excelentes fontes de proteínas e fibras,”, afirma a executiva. A gestante ainda tem que aumentar o consumo de proteína durante a gestação. “A grávida precisa de um pouco mais desse nutriente, se comparada com uma vegetariana que não espera um bebê. A Superbom, por exemplo, oferece proteínas vegetais, com alto teor proteico, equivalente ao da carne animal, em forma de pratos prontos ou pré-cozidos. É uma diversidade de itens que podem suprir essa carência de proteína durante a gestação”, recomenda Cristina. O acompanhamento médico e nutricional é fundamental durante toda a gestação. “Com uma dieta balanceada e seguindo as orientações médicas (os exames de sangue indicam a falta de algum nutriente no organismo), uma vegetariana ou vegana terá uma gravidez tão saudável ou até mais do que uma mulher que segue uma dieta convencional”, conclui a gerente industrial da Superbom. Sobre a Superbom A Superbom é uma empresa alimentícia, que trabalha com uma linha de produtos saudáveis, que abrange sucos, geléias, salsichas, proteínas, pratos prontos, entre outros. Fundada em 1925, a Superbom comercializa os seus produtos em mais de 25 mil pontos de vendas em todo país. Em função disso, é considerada uma das principais empresas do ramo de alimentos para veganos e vegetarianos do Brasil. A empresa iniciou as suas atividades com a produção de suco de uva, no interior de uma antiga casa pertencente ao Colégio Adventista Brasileiro (CAB), que posteriormente ficou conhecido como Instituto Adventista de Ensino e, hoje, abriga o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp-SP). Durante toda a sua história, a empresa atua diretamente ligada à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Atualmente, a companhia conta com 250 colaboradores, entre a sede e as duas plantas da indústria (localizadas em São Paulo, capital, e em Lebon Régis, Santa Catarina). www.superbom.com.br Acesse a nossa lista de porta-vozes e baixe imagens em alta resolução na Sala de Imprensa da Dezoito. Veja em: http://www.dezoitocom.com.br/

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Agricultores investem na ‘rastreabilidade’ dos alimentos

Quem mora em cidade raramente sabe de onde vem o alimento que come. Mas aos poucos, as fazendas estão implantando sistemas que permitem ao consumidor saber a história dos seus produtos. É o chamado rastreamento. Ele permite saber tudo sobre verduras, legumes e frutas. Entenda porque é bom para o agricultor ter código de barras em seus produtos. Na Ceagesp, em São Paulo, passam produtos de 1.500 municípios do Brasil e de dezoito países diferentes. Como saber de onde vem cada um? O histórico deles? E o principal: qual a importância de ter essa informação? Heloísa de Oliveira é cuidadora de uma idosa e como faz toda semana, comprou no supermercado o melão da marca preferida. Mas na hora que cortou, percebeu que o fruto estava duro e sem gosto. “Peguei o telefone, liguei e eles falaram que iam trazer um novo melão. Passei o número da etiqueta, a data do vencimento”. O número que Heloísa informou é o chamado código de rastreabilidade. Por causa dessa sequência é possível quase voltar no tempo da vida desse melão. O Globo Rural foi até a fazenda onde o melão foi produzido, no Ceará, para pegar o histórico da fruta e ver o que aconteceu. Mas antes, vamos entender como funciona a rastreabilidade. De acordo com o dicionário rastrear significa seguir os passos, investigar. O difícil é imaginar que isso seja possível com os nossos alimentos, quando produzidos em grande escala. Ainda em São Paulo, visitamos uma das associações que automatizam esse sistema, não só para o setor de alimentos. A GS1 é uma organização sem fins lucrativos que engloba uma rede de 150 países. No Brasil são 58 mil associados, quase 1.800 no setor do agronegócio. Para fazer parte do sistema, primeiro é preciso cadastrar o produto e adquirir um código de barras. “O código de barras serve para identificar um produto. Esses códigos que a gente normalmente vê no supermercado identificam aqueles produtos e essa identificação serve para qualquer lugar do mundo. É como se fosse o RG daquele produto”, explica a economista Flávia Costa. A economista diz que não existe o risco de duas pessoas terem o mesmo código. “Essa é uma das grandes sacadas do que a gente chama do sistema de código de barras. Cada produto tem um número único, então nunca vai dar conflito. Uma fruta tem um código, nunca uma barra de chocolate vai ter o mesmo código. Outra fruta também não. São sempre códigos diferentes.” O pagamento por essa licença varia de acordo com o faturamento da empresa. Além da inscrição, paga-se uma taxa que pode custar de R$ 289 a R$ 2.769 por ano. A sequência de números do código tem uma lógica e mistura barras mais finas e outras mais grossas. Quem escolhe a combinação é um programa de computador. O que depende do trabalho humano é o processo que possibilita a rastreabilidade. Ela é baseada na anotação de cada passo da produção do alimento. Um exemplo de quem faz isso com muita eficiência é Eduardo Matumoto. Ele tem três estufas de mini-tomate, em Biritiba-Mirim. Tudo é registrado – temperatura, luz, umidade. Eduardo retira amostra da ferti-irrigação todos os dias. Além de facilitar o controle, isso ajuda a aumentar a produtividade dentro das estufas. “Todos os nutrientes que a planta consome, é tudo controlado. A ferramenta para saber como, o que a planta está consumindo efetivamente é a medição. Através dos resultados é que o seu o que tenho que aumentar ou diminuir.” Com todos os dados registrados, o produtor gera um primeiro código para esse lote. Ele usa um tablet para fazer a leitura ótica na plaquinha instalada na estufa pela empresa responsável pelo sistema de rastreabilidade. Depois de colhidos, os tomatinhos seguem para outro sítio onde serão embalados. Passam pelo controle de qualidade e o código de barras vai crescendo. Na pesagem ganha dez dígitos. À medida que vai caminhando para a embalagem final, aumenta mais. Na etiqueta final, o código já tem quarenta dígitos e resume toda a vida desse lote de tomatinhos, até ele chegar ao consumidor. O empresário Júlio Aoki explica que ainda não há vantagem financeira para o produtor ou consumidor. “Na verdade, os consumidores têm cada vez mais buscado esse tipo de rastreamento. Eles têm curiosidade de saber como é produzido, em que região é produzido. Se você digitar o código de rastreabilidade dele, você vai ver uma foto da estufa da onde saiu esse produto. A maioria dos consumidores não tem ideia que um tomate desse é produzido numa estufa, de que forma é feita essa produção. Mas a gente não consegue ter nenhuma remuneração ainda a mais. O que a gente consegue é fornecer uma garantia da origem desse produto, é uma segurança que esse produto oferece.” Para o produtor, a rastreabilidade é importante para identificar algum problema. “A partir do momento que a gente identificou que esse lote saiu de uma determinada estufa a ação corretiva vai ser feita somente naquela estufa. Então o produtor com dez estufas, ele não vai ter que tentar acertar em qual estufa foi o problema, ele já vai fazer a ação corretiva em uma estufa só.” O Globo Rural foi até o Ceará, no município de Aracati, para ver o que pode ter acontecido com o melão da Heloísa em São Paulo. A fazenda é uma das maiores produtoras de melão do país. Dela saem 42 milhões de frutos por ano. O sistema de rastreabilidade que a fazenda desenvolveu permite acompanhar cada etapa do cultivo dos melões e a vida deles vai ser registrada até a prateleira do supermercado. Os registros começam na hora de semear. As mudas ficam em estufas controladas e todas as datas são anotadas. Durante o cultivo, o que vai ser usado na ferti-irrigacao também é calculado por computador e só depois a informação chega aos misturadores, no campo. A colheita segue um calendário pré-programado, mas tem um detalhe de controle de qualidade que também ajuda a diminuir a margem de erro. “Dois, três dias antes do previsto de colheita, a gente faz uma mostragem no campo vendo como está o fruto. Colhe dez, doze frutos e vê o padrão de brix que é medido com um instrumento. Padrão de brix é a quantidade de doçura, porém no caso do melão rei não só o brix é importante, mas principalmente o sabor, que foi o que a dona Heloísa reclamou. Ela reclamou que o melão não estava saboroso”, explica o agrônomo José Brasil. Veja no vídeo como é feito o teste. Depois da colheita, um encarregado preenche um questionário com as informações daquela unidade de produção, que é entregue para o tratorista. Esse papel segue até o armazém de embalagem, o packing house. Os pallets, que são essas estruturas de madeira que acondicionam as caixas transportadas de caminhão para as centrais de distribuição, também ganham etiquetas com códigos. Alguns melões permanecem na câmara fria da fazenda por catorze dias, para ajudar no acompanhamento da rastreabilidade. Será que com todas essas precauções, dá pra eliminar o erro na produção? Será que voltar o calendário realmente desvenda todos os mistérios? Pedimos a uma das sócias da empresa, Marilena Prado, para acessar o banco de dados da fazenda e, finalmente, descobrir o que houve com o melão com defeito. É bom esclarecer que para fazer a reportagem nós localizamos a Heloísa através do serviço de atendimento ao consumidor da fazenda. “No caso especifico desse melão, infelizmente não houve uma causa específica pra falta de sabor que ela relatou na carta. Nós fomos atrás de todas as informações possíveis, a câmara fria estava adequada, todos os processos de seleção estavam adequados. Pode ter simplesmente um caso fortuito porque é uma fruta, é biológico, a gente não tem como abrir todas as frutas pra provar. A gente faz o possível para selecionar o melhor para o consumidor”, relata a sócia da empresa. Foi um azar da consumidora de São Paulo, porque a fazenda não recebeu mais nenhuma reclamação referente ao lote. Como vimos nesse exemplo, ter código de barras não é garantia de 100% de solução dos problemas no campo. Mas essa mesma empresa já usou a rastreabilidade para trocar uma variedade de melão pouco resistente à chuva. E no final da história, como Heloísa tinha reclamado, ela acabou recebendo em casa a reposição do melão que não estava bom. Fonte: g1.com.br

Você sabia que o brasileiro come versões pioradas de produtos vendidos em outros países?

Em geral, os produtos alimentares vendidos no Brasil são piores do que suas versões europeias. E pior: muitas vezes podem comprometer a sua saúde. Você sabia que no Brasil, por exemplo: A Maionese Hellmann´s traz um aditivo potencialmente cancerígeno? O iogurte Activia possui dez aditivos, enquanto na Espanha o mesmo produto possui apenas dois em sua composição? Os M&M´s têm um monte de corantes potencialmente alergênicos? O Danoninho contém mais do que o dobro de aditivos de países europeus avaliados? Por que nossas leis são mais permissivas quando se trata da sua saúde? É você que precisa pagar a conta do lucro dessa indústria?