terça-feira, 17 de julho de 2018

ALERGIA ALIMENTAR X INTOLERÂNCIA ALIMENTAR

Alergia alimentar Conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), alergias alimentares são reações do sistema imunológico contra proteínas presentes em um alimento, reconhecidas como “inimigas” do organismo. Nestes casos, as manifestações podem ocorrer em minutos, horas ou dias após a ingestão do alimento. As alergias alimentares ocorrem por conta de um grupo restrito de alimentos. Cerca de 80% dessas reações são desencadeadas por leite, ovo, soja, amendoim, castanhas, crustáceos e peixes. Existe ainda uma alta sensibilização entre a população brasileira em relação ao milho. Além disso, frutas como kiwi e sementes como o gergelim também são alimentos com aumento de prevalência de reações alérgicas.
Seria impossível dizer se as alergias duram para sempre, já que as características de cada alérgeno – proteína do alimento responsável pelas reações – são distintas e, por isso, a duração das alergias varia de acordo com o alimento em questão. No entanto, as alergias que se iniciam mais comumente na infância apresentam maior probabilidade de se revolver até a adolescência. Intolerância alimentar Também conhecida como alergia tardia, hipersensibilidade alimentar ou alergia tipo III, a intolerância alimentar consiste em reações não tóxicas que podem ser causadas por alimentos (proteínas) reconhecidos com estranho pelo organismo, levando a reações mediadas principalmente pela Imunoglobulina G (IgC). Quando alimentos e substâncias e/ou fragmentos de proteínas inflamam a mucosa intestinal, aumentam a permeabilidade e caem na circulação, estes são reconhecidos pelo sistema imunológico como elementos estranhos e agressores. Com esse processo instalado diz-se que o paciente é intolerante ao determinado alimento. Excluindo o produto da dieta por certo tempo (mínimo de 90 dias), tratando a mucosa intestinal e recompondo a microflora intestinal, o alimento poderá ser reintroduzido à rotina do indivíduo, observando sempre a frequência e quantidade. A literatura médica mundial descreve mais de 150 sinais e sintomas associados à incompatibilidade, hipersensibilidade ou intolerância alimentar. Atualmente, se tornou comum conhecer alguém que tenha se descoberto – há muito ou pouco tempo – intolerante à lactose ou até mesmo ao trigo. Quanto à este último, costuma-se dizer que a pessoa é “intolerante à glúten”, já que o glúten é uma proteína presente no trigo, na cevada, no centeio e alimentos derivados. A intolerância ao ingrediente, devido à dificuldade de o intestino processar o glúten, se caracteriza por dor e inchaço abdominal. Pessoas com intolerância permanente ao glúten têm a doença celíaca e o único tratamento é uma dieta isenta da substância por toda a vida.