quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Como está a Qualidade dos queijos coloniais?

Esta semana vi uma discussão acirrada nas redes sociais sobre as olhaduras dos queijos coloniais (aqueles furinhos na massa do queijo), isso chamou minha atenção sobre a confusão que as pessoas fazem entre qualidade e cultura. O fato de se discutir se as ditas olhaduras eram problema de contaminação não quer dizer que somos contra ou a favor deste tipo de produto, que é unanimidade em muitas cidades pequenas e por muitos que julgam ser um produto mais “puro”, que aqueles das grandes redes.
Eu trago aqui a preocupação com a qualidade destes produtos, comprovado por estudos científicos recentes realizados. Em estudos de luana Antonello, Ana Kupkovski, Claudia Castro Bravo, realizado com objetivo de avaliar a qualidade microbiológica de quatro marcas de queijo colonial comercializadas em supermercados do município de Francisco Beltrão, Paraná (PR), coletadas nos períodos de primavera, verão, outono e inverno. As análises microbiológicas realizadas demonstraram que 17,85% das amostras estavam contaminadas por Salmonella sp. e que 82,14% das amostras apresentaram contagem superior a 5x103 UFC g-1 para Staphylococcus sp., destas confirmadas 50% da espécie Staphylococcus coagulase positiva. A análise para coliformes termotolerantes demonstrou contaminação superior a 5x103 UFC g-1 em 67,85% das amostras. A maioria dos queijos coloniais analisados está em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação brasileira, indicando qualidade higiênico-sanitária precária e constituindo um risco potencial para a saúde do consumidor. Em outro estudo realizado pela UFSM, RS verificou-se a qualidade bacteriológica de queijos artesanais comercializados em estradas litorâneas, a pesquisa constatou que todas as amostras apresentaram contagens de coliformes totais e, destas, 62 foram testadas para a presença de coliformes fecais. Dos 29 estabelecimentos, 27 tinham produtos fora destes limites. Das 80 amostras, 16% continham Listeria spp., sendo 3,7% identificadas como Listeria monocytogenes A alta freqüência de coliformes fecais e a presença de L. monocytogenes revelam que o consumo destes queijos constitui perigo de infecção à população em geral e especialmente àquelas pessoas imunocomprometidas Diversos estudos tem sido realizado com o mesmo propósito em todo o Brasil e os resultados não deixam dúvidas que é preciso cautela para consumir estes produtos. Muitos vão me questionar: “se é um produto contaminado como não fiquei doente?”, isso acontece porque você estava com a saúde muito em dia, porem se estivesse

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Óleos de soja com ótima qualidade

Boa qualidade e bom preço. Em se tratando de óleos de soja, não precisa ser caro ou famoso para ser bom. Essa foi a conclusão do teste, realizado pela PROTESTE deste ano, que também encontrou melhores resultados do que o último, em 2011, quando verificamos três produtos com a presença de gorduras trans. Veja bem não estou aqui questionando se ele faz bem ou mal a saúde, fato é que muitas pessoas utilizam este óleo em suas preparações diárias e portanto este é o objetivo do post.
Com relação à rotulagem, os problemas foram poucos, mas ficamos alarmados com a quantidade de declarações positivas usadas como um tipo de publicidade disfarçada. Algumas marcas indicam que o produto é reciclável, outras que é filtrado cinco vezes ou fonte de vitamina E ou ômega 3 e 6, e muitas apontam que ele não tem colesterol. O fato é que todas essas afirmações são características intrínsecas aos óleos de soja, não sendo necessário destacá-las. Acreditamos que esse tipo de aviso venha a confundir o consumidor, pois ele pode decidir a compra a partir dessas informações gravadas no rótulo. Portanto, ao ir ao supermercado, não se deixe enganar. Leve o óleo de sua preferência. Ao avaliarmos a qualidade, verificamos que uma marca não informa corretamente o tipo de óleo que de fato é. O óleo de soja Vila Velha é do tipo 2, mas é vendido como sendo do tipo 1. Ele possui índices de peróxido acima do que deveria para poder se encaixar no primeiro tipo. Porém, isso pode ser um problema pontual do lote que avaliamos. E mais: isso não causa problema algum ao consumo. Já a Soya apresentou quantidade de impurezas acima do permitido pela legislação. Nas demais, não encontramos problemas nesse critério. Não detectamos problemas de acidez acima do permitido, nem umidade, material volátil ou gorduras trans nos produtos. Conclusão: O fato é que quase todos os óleos de soja testados apresentam alto padrão de qualidade.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Purificadores de água: não vale investir neles

Quem não gosta de matar a sede com um copo de água pura e geladinha? Para isso, um purificador seria a melhor opção. Só que não é bem assim. Todos os produtos que testamos foram eliminados em nossas análises, seja por vazamento, por facilitarem a proliferação de micro-organismos ou por não reduzirem a concentração de bactérias da água.
A PROTESTE (órgão não governamental de defesa do consumidor) tentou avaliar a eficácia dos purificadores de água, mas os resultados não foram bons. Para o teste foram analisados produtos das marcas: Consul CBP35 541; Europa Da Vinci Ice HF Inox 1.400; Latina XPA 775 710 e Ulfer Purigel. Como parâmetros de avaliação a resistência dos produtos à pressão hidráulica e a capacidade de reduzir o excesso de cloro e bactérias da água. Os resultados foram desastrosos: - Não suportaram a pressão de água proveniente da tubulação, deixaram vazar água e foram eliminados do teste. - Além de sofrer vazamento, o purificador Latina permitiu que micro-organismos se proliferassem em seu reservatório, isso é o mais grave uma vez que um dos objetivos é reduzir a carga bacteriana!!! - Quanto à eficácia na purificação (redução na concentração de cloro na água e se reduzia a concentração de bactérias) – aqui o resultado é razoável. O Europa diminuiu (80%) a concentração de cloro, em relação aos outros, que atingiram taxas acima de 95%. Porém o Ulfer foi o único que não reduziu a concentração de bactérias contidas na água de modo eficiente e, por isso, foi eliminado. - Quanto aos benefícios à saúde, (evitar que os metais pesados que compõe o produto não contaminem a água). Felizmente, todos foram bem eficientes nessa tarefa. Conclusão: a água de garrafão ainda é a melhor opção, em virtude dos riscos que os aparelhos apresentaram. Água em garrafões: beba sem medo É importante também lembrar que além do custo elevado – o purificador Ulfer, por exemplo, chega a R$ 2,2 mil – para todos os modelos você ainda terá custos que variam de R$119 s R$344 com a troca periódica do elemento filtrante, peça que retém as impurezas da água. Em seu estudo a PROTESTE não conseguiu encontrar nenhum produto que atendesse a todos os requisitos mínimos obrigatórios de qualidade e segurança. Fonte: proteste.org.br