segunda-feira, 18 de junho de 2012

Suinocultores investem em conforto para o suínos

Os especialistas explicam que o bem-estar animal não diz respeito apenas à ausência de crueldade ou de "sofrimento desnecessário". É algo mais complexo. O bem-estar animal é geralmente definido como um conjunto de conceitos que incluem: estados naturais, mentais e físicos; as 5 liberdades; necessidades e senciência. Nos Estados naturais, mentais e físicos são observados a saúde física (o quão em forma ele está), sua saúde mental (incluindo como ele se sente). O bem-estar de um animal ainda pode ser descrito como bom se ele estiver em forma, saudável e livre de sofrimento. Um animal pode ter um problema físico como, por exemplo, um tumor e não ser afetado mentalmente, caso não sinta dor ou desconforto. Da mesma forma, um animal pode sentir medo e ansiedade, sem que isso esteja associado a um problema físico. Assim, uma condição pode afetar o estado mental ou físico de um animal, ou ambos.

Quanto à habilidade do animal de satisfazer suas necessidades e seus desejos naturais, um exemplo é em seu ambiente natural. Um suíno passaria 70% de seu tempo cavucando ou com outros comportamentos orais. Ele estaria também envolvido em interações sociais complexas. No entanto, porcos, quando confinados em minúsculas baias individuais para criação intensiva, não conseguem exibir seus comportamentos naturais. A frustração de suas necessidades naturais leva a comportamentos repetitivos não naturais, conhecidos como estereótipos como morder grades ou barras. Esses 3 conceitos são freqüentemente usados para definir bem-estar animal, seja individualmente ou combinados. O diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos do Estado de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues de Castro Júnior, diz que já faz um tempo que os suinocultores mostram preocupação com o bem- estar-animal e trabalham para oferecer o máximo de conforto possível, deste o nascimento até o abate.

Atualmente, segundo a coordenadora de Defesa Animal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), Daniella Soares de Almeida Bueno, a qualidade da carne representa uma das principais preocupações dos organismos internacionais e também nacionais, especialmente para consumidores mais exigentes. Porém, há uma associação direta com o manejo pré-abate, seja na propriedade, transporte dos animais, ou no frigorífico. Nesse sentido, programas de qualidade de carne devem enfatizar mais do que a oferta de produtos seguros, nutritivos, há uma necessidade de compromissos com a produção sustentável e a promoção do bem-estar humano e animal. O diretor de Pecuária do Grupo Camargo, Luiz Antônio Felipe, conta que há um acompanhamento do transporte ao frigorífico, para que seja garantido a total ausência de sofrimento dos animais.

A coordenadora do Indea diz ainda que a entidade realiza trabalhos severos de fiscalização em eventos agropecuários onde há exposições, julgamentos e rodeios para avaliar como estão sendo tratados os animais. Ela ressalta que há multas e até interdição deste eventos, caso seja detectado qualquer normalidade e maus tratos.
Fonte: Gazeta Digital

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