A equipe de alimentos da Coordenadoria-Geral da Vigilância em Saúde (CGVS) alerta os comerciantes de pescado na Semana Santa para a qualidade do produto vendido e a adoção de medidas e processos padronizados de boas práticas de higiene e conservação de alimentos. A lembrança quer evitar que os consumidores comprem alimentos contaminados ou fora da refrigeração adequada.
Fiscais da Secretaria da Saúde realizarão inspeções para averiguar a qualidade dos pescados, verificar se as normas exigidas estão sendo cumpridas pelos comerciantes e, caso haja irregularidades, os estabelecimentos poderão ser multados e ter os produtos recolhidos imediatamente.
A vigilância recomenda que na compra de pescado fresco deve-se observar se o corpo está brilhante, limpo, rijo e com cores vivas; se as escamas estão aderentes; os olhos, brilhantes e ocupando toda a órbita; as guelras úmidas e avermelhadas, com cheiro de plantas aquáticas; e o ventre, firme e roliço. Os pescados comercializados vivos devem ter uma boa movimentação na água e se debater bastante quando retirados do tanque. Com os produtos congelados, o maior cuidado refere-se à refrigeração. Além disso, os consumidores devem ficar atentos às condições de higiene dos locais onde são vendidos.
O coordenador-adjunto da CGVS, José Carlos Sangiovanne, informa que a equipe de Vigilância Sanitária trabalha o ano todo, porém intensifica a fiscalização de pescados nesta época do ano, pois são os que encontram os maiores riscos de contaminação. “Trabalhamos muito com o alerta aos comerciantes e aos consumidores”, informou Sangiovanne. Ele explica ainda que as orientações para os comerciantes manterem os produtos com 30% de seu peso de gelo são fiscalizadas pelas equipes. Em relação aos consumidores, a orientação é quanto à conservação do produto depois de cozido ou assado. “Deve-se manter o alimento refrigerado, independentemente de em quanto tempo depois ele será consumido novamente”, explicou o coordenador. Cinco médicos-veterinários e dez agentes de fiscalização estão escalados para a vistoria dos pescados na Semana Santa. Os cuidados que o consumidor deve tomar são, no caso do peixe fresco, comprado na balança ou no mercado, observar se a banca está limpa e livre de insetos e exigir que o vendedor mostre o peixe por inteiro para verificar se não está com uma cor escura.
O Procon da Capital também irá vistoriar a comercialização de pescados até a Páscoa. Serão analisados os prazos de validade e estado de conservação dos produtos comercializados no Mercado Público e supermercados. Assim como a CGVS, o órgão de defesa do consumidor verificará os níveis de higiene dos produtos e realizará medição da temperatura do pescado que é vendido congelado, utilizando termômetros a laser. Outro item a ser averiguado diz respeito ao valor. O Procon verificará se os preços estão afixados corretamente e se não há publicidade enganosa – normalmente ocorre quando um peixe é comercializado com o nome de outro.
Em Porto Alegre, a 231ª edição da Feira do Peixe começa amanhã, no Largo Glênio Peres. A feira, que irá até o dia 22 de abril, terá uma cobertura de 2,8 mil metros quadrados para proteger os frequentadores da chuva e do sol. Ao todo, serão 65 bancas (cinco de alimentação, uma de peixes vivos e 59 de pescado).
De acordo com o titular da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Valter Nagelstein, as feiras preservam a tradição e geram emprego e renda para os pescadores das ilhas e da zona Sul da cidade. “A secretaria estima a venda de 230 toneladas de pescado, considerando as bancas do Mercado Público, além de 12 toneladas na Feira da Restinga.”
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